segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012


Assembleia de Deus em Brasilia recebe representante do
O reverendo Moon, ou Sun Myung Moon,  nasceu na Coréia (antes da divisão), em 1920. É o segundo filho dos oito que nasceram em uma família camponesa de cristãos presbiterianos.
Ele conta que na Páscoa de 1936, aos 16 anos, enquanto orava em uma montanha teve um “encontro espiritual” com Jesus. Durante os anos seguintes estudou e pesquisou a Bíblia até que em 1945, atendendo a um “chamado de Deus”, foi para a então Coréia do Norte e começou a pregar uma “nova mensagem de Deus”, Ele afirmava que esse é o Princípio Divino,  uma terceira parte da Bíblia, um outro Testamento.
Dizendo-se uma nova encarnação de Jesus, fundou a seita chamada Igreja da Unificação. Em 1960 casou-se com Hak Ja Han e tiveram 13 filhos e 40 netos. Eles passaram a se apresentar com o título de “verdadeiros pais”, pois restaurariam o erro de Adão e Eva, dando início a uma “nova cultura e linhagem do Céu”.
O aspecto mais confuso dos ensinamentos de Moon é que Jesus falhou na cruz e Moon seria o messias final, que terminaria a obra divina na terra. Como o nome indica, a Igreja da Unificação deseja unificar todas as religiões, consideradas boas por ele.
Algum tempo atrás Moon e sua igreja vieram para o Brasil, fizeram investimentos no país, mais especificamente no Mato Grosso do Sul, e tentaram buscar o apoio das lideranças evangélicas. A grande maioria negou-se a apoiar esse homem que se diz a “segunda vinda de Jesus”.
Porém, o Bispo Manoel Ferreira, ex-deputado e líder do Ministério Madureira, tem se envolvido com Moon. Ferreira já esteve na Coreia e participou de cerimônias de casamento na Igreja da Unificação.
Este é um dos eventos mais importantes para a seita, pois seus fiéis acreditam que se tornam “filhos espirituais” do reverendo Moon através do casamento.
Agora, surge a denúncia que decidiu “retribuir”  e convidou representantes da igreja de Moon para usarem o púlpito da Assembleia de Deus de Brasília.  O culto realizado na igreja em Brasília no mês de outubro foi chamado de “Festival Global da Paz”, cujo objetivo seria “apresentar a mensagem do Reverendo Moon como o novo Messias”.
O tema “uma família sobre Deus” mostraria que a mensagem que “cumpriria o sonho de Deus de todas as pessoas do mundo serem uma  só família”. A iniciativa do festival foi de Hyun Jin Moon, um dos filhos do líder da Igreja da Unificação, que mostra os seus pais como os originadores da “verdadeira família” capaz de salvar a humanidade.
Tudo está registrado em um vídeo que circula na internet:
A denúncia do que é considerada uma “profanação” pelo Pastor Enoque Lima, que pertence ao Ministério Madureira e chegou a ser preso por suas acusações ao Bispo Manoel Ferreira, segundo informações de Julio Severo.
No referido vídeo, ele faz um alerta para que outros pastores da Assembleia de Deus não se deixem enganar e denunciem e alertem as suas igrejas.
Não é a primeira vez que surgem protestos do envolvimento do líder do Ministério Madureira com o Reverendo Moon. Porém, este episódio recente mostra que, apesar dos protestos anteriores, os laços entre os dois líderes tem se estreitado, pois se encontraram repetidas vezes em outros países e agora trazem o festival para o Brasil.

Pastor pede afastamento de Manoel Ferreira da presidência da Assembleia de Deus Ministério Madureira


Bispo Manoel Ferreira desiste de criar novo partido político


O pastor Enoque Lima protocolou na convenção da CONAMAD (Convenção Nacional das Assembleias de Deus – Ministério Madureira) em Brasília um documento pedindo o afastamento do bispo Manoel Ferreira da presidência e até mesmo sua exclusão por apostasia.
Lima vem há tempos denunciando a suposta aproximação entre o líder da AD Madureira com o reverendo Moon. Através de vídeos e documentos o pastor assembleiano tem alertado a todos da CONAMAD sobre os perigos que essa ligação entre o bispo e o reverendo que se auto intitula como “Messias” podem trazer.
Recentemente o pastor Enoque Lima concedeu uma entrevista exclusiva ao Gospel Primecomentando sobre o caso e falando os motivos que o fizeram se levantar contra essa relação, que segundo, ele tem interesses políticos.
Ao protocolar o tal documento, ele juntamente com seu advogado, esperaram por uma resposta da CONAMAD por 72 horas, mas a convenção não respondeu e diante da falta de uma posição Lima entendeu que a organização se omitiu diante do caso.
“Primeiramente, desejo esclarecer as eventuais duvidas, explicar o uso de minhas atribuições como ministro do evangelho no comentado “Caso Moon Ferreira” na internet e exigir o afastamento do Bispo Manoel Ferreira da presidência da CONAMAD por ter profanado o nome de Jesus e sua santa igreja”, diz trecho do documento que contém sete páginas.
O pastor Enoque Lima fez questão de falar sobre todo o caso que ele vem estudando e apresentou novamente aos membros da CONAMAD, pedindo uma providência contra o bispo, dizendo que se a convenção não se pronunciasse estaria comprovando seu apoio ao “Caso Moon Ferreira”.
Leia o documento:
Á MESA DIRETORA E A COMISSÃO DE DOUTRINA DA CONVENÇÃO NACIONAL DAS ASSEMBLÉIAS DE DEUS NO BRASIL – MINISTÉRIO DE MADUREIRA
Enoque Vieira Lima, brasileiro, casado, residente e domiciliado na rua 06 quadra 05 lote 05 Vila Xavier –Fama, Goiânia- Goias membro da CONAMAD (Convenção das Assembléias de Deus Madureira), ministro do evangelho desde 9 de Outubro de 1994. CONAMAD – MATRICULA 10924, Goiás, Campo 09-015-001 FAMA – SEDE (FAMA é o nome do bairro), congregação 09-015-001 – FAMA - SEDE sob a presidência do pastor Abigail Carlos de Almeida, vem por intermédio do seu advogado, infra-assinado,exigir no prazo de 72 horas posicionamento da CONAMAD sobre o conteúdo do presente  documento com resposta encaminhada ao endereço infra relacionado.
Presumindo-se que a não apresentação de resposta formal no referido prazo dar-se-á por entendido que a CONAMAD APOIA a aliança do Bispo Manuel Ferreira com o auto intitulado MESSIAS REV. MOON. Bastando o presente documento como prova para as demais medidas legais a serem tomadas.
DOS FATOS:
A descrição fática do presente documento será feita in verbis pelo pastor Enoque Vieira Lima e encerrada com as assinaturas do próprio pastor e de seu advogado Dr. Matheus Diniz Sathler Garcia.
“Primeiramente, desejo esclarecer as eventuais duvidas, explicar o uso de minhas atribuições como ministro do evangelho no comentado “Caso Moon Ferreira” na internet e exigir o afastamento do Bispo Manoel Ferreira da presidência da CONAMAD por ter profanado o nome de Jesus e sua santa igreja.
Realizei uma profunda pesquisa sobre o denominado “Caso Moon Ferreira”, encontrei fatos estranhos que de imediato nos mostra apostasia e heresia do Bispo Manoel Ferreira.
Em evento que aconteceu na igreja sede da Assembléia de Deus de Brasília-DF (igreja da baleia) dia 11 de outubro de 2011 com a realização do Festival Global da Paz por pastores do reverendo Moon pregando uma mensagem de falsa paz do reverendo Moon “que todos os caminhos levam a Deus (YAWEH)”. Eles usaram as dependências de nosso templo (prédio da igreja) e profanaram o altar do nosso Deus vivo, atitude condenada pela Palavra de Deus e pelo nosso Estatuto.
O Reverendo Moon, líder da seita “Igreja da Unificação”, afirma que Jesus Cristo falhou em sua missão de salvação do seu povo dos seus pecados e que ele (Rev. Moon) é o verdadeiro messias, e sua missão é congregar todas as famílias da terra em torno dele. Para os adeptos da seita, a única possibilidade de redenção e salvação é a afiliação à família Moon e não o arrependimento dos pecados pessoais e a fé no nome do Senhor Jesus Cristo.
É conhecido o louvável zelo da CONAMAD com relação a associação ecumênica com outras entidades religiosas. Entretanto, se fizermos uma analise bíblica levando em consideração provas obtidas em vídeos e testemunhos pessoais podemos constatar que o bispo MANOEL FERREIRA, maior líder da nossa igreja, profanou o LOCAL de reunião de nossa igreja em Brasília com a anuência de diversos pastores, entre eles o PASTOR E DEPUTADO FEDERAL RONALDO FONSECA, que estavam no púlpito no dia do evento ecumênico do GLOBAL DA PAZ sem QUALQUER reação contrária ao que foi pregado.
Se não bastasse a presença de tantos líderes, na nossa igreja no dia do evento, trago no presente documento um resumo de tudo o que já é sabido pela nossa convenção mas que é tratado com silêncio sepulcral!
O “Caso Moon Ferreira” que por mim foi exposto na Internet (youtube), se refere a vídeos com a pessoa do bispo Manoel Ferreira e seu envolvimento com a seita da Unificação do Reverendo Moon.
Os vídeos do “Caso Moon Ferreira são as provas da associação entre o líder principal da Assembléia de Deus Ministério Madureira e presidente da CONAMAD, bispo Manoel Ferreira, e o reverendo Moon, líder da seita “Igreja da Unificação”, da Coréia do Sul. Os vídeos foram editados e postados por mim,pastor Enoque Lima, da AD Madureira Goiás. Os quais tenho para eventual verificação da veracidade com mais de 30 gigas de tamanho.
A associação do bispo Manoel Ferreira com o reverendo Moon é injustificável perante a Palavra de Deus e o estatuto da Convenção a que pertencemos. “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos?” [2 Coríntios 6:14-18].
O ESTATUTO DA CONAMAD não deixa duvidas quanto a esse assunto, no CAPÍTULO IV, Subseção II, DOS DEVERES DO MEMBRO.
Dos deveres do membro da CONAMAD:
Art. 12[...]
Parágrafo XIII. Rejeitar movimentos ecumênicos discrepantes […]
Na subseção III DAS VEDAÇÕES DO MEMBRO
É vedado ao membro da CONAMAD:
Art. 13[...]
Parágrafo III. Vincular-se a qualquer tipo de sociedade secreta;
Parágrafo IV. Vincular-se a movimento de cunho ecumênico[…]
Não podemos descumprir as normas estatutárias que deixam claro ao membro: “não participar de movimento de cunho ecumênico, devendo rejeitá-lo”.
As menções, aferições, ou até mesmo as aparentes críticas que, porventura, fiz a respeito da doutrina, das crenças da igreja da Unificação, do bispo Manoel Ferreia, situam-se e estão adstritas tão somente ao campo da “argumentação”, ou seja, são abordagens que se limitam puramente às questões teológicas e doutrinárias.
Assim sendo, não há que se falar em difamação, crime contra a honra de quem quer que seja, ressaltando-se, inclusive, que tais discussões não estão voltadas para a pessoa, mas para ideias, doutrinas e posturas.
Na proteção legal de meu oficio ministerial é importante esclarecer que em plena vigência do Estado Democrático de Direito, exercito-me das prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal.
Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato” (inciso IV) e “é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença” (inciso IX). Além disso, cabe salientar que a proteção legal de meu oficio ministerial também se constata na análise mais acurada do inciso VI, do mesmo artigo em comento, quando sentencia que “é inviolável a liberdade de consciência e de crença”.
O “Caso Moon Ferreira” não trata de mero denuncismo, mas de provas cabais de que o bispo Manoel Ferreira apostatou da fé e está dando ouvidos à doutrinas de demônios.
Assim sendo, penso que não resta outra opção a nós pastores da Assembléia de Deus – Ministério Madureira, ministros do evangelho e membros da CONAMAD – a não ser a oposição aberta ao bispo Manoel Ferreira e suas doutrinas de demônios como também a sua exclusão da convenção por apostasia. Omitirmos em uma situação como esta significa ser conivente com sua apostasia, a qual vem manchando não só a integridade do bispo, mas da nossa querida denominação.
Apesar de todas as evidencias com provas irrefutáveis (vídeos “Caso Moon Ferreira”), até o presente momento não houve nem uma manifestação publica da CONAMAD que deveria, no mínimo, apresentar uma nota de repudio e esclarecimento, providenciando o afastamento cautelar do bispo da presidência nacional da Convenção Nacional (CONAMAD).
É sabido, que o Bispo Manoel Ferreira não mantém o monopólio da AD Madureira, apesar de usar seu nome e sua estrutura nos eventos do rev. Moon. Teríamos que ser surdos, mudos e cegos para não saber que qualquer evento patrocinado pelo rev. Moon envolve influência satânica e a presença do sistema da Nova Ordem Mundial. O que não tememos mas antes a denunciamos abertamente.
Não posso calar-me. O alinhamento da igreja a que pertenço através de seu líder, é infernal e altamente preocupante, pois esta ocorrendo uma transformação de atitudes e valores cristãos em nossa base doutrinaria, e em nosso credo.
bispo Manoel Ferreira e o rev. Moon estão se tornando parceiros na atual experiência de salvação e na visão de mundo para a criação de uma sociedade global unificada. Não podemos nos conformar com o sistema da unificação e da paz global sem Jesus Cristo nascido da virgem Maria através do Espirito Santo de Deus.
Nem podemos usar as teologias satânicas do rev. Moon que falam que Jesus nasceu de um ato sexual de Maria com o sacerdote Zacarias. Como também, outras tantas doutrinas que disfarçadas de luz e de termos e frases bíblicas deturpam a Palavra de Deus e nos fazem voltar as costas para Jesus Cristo, nossa única fonte verdadeira de unidade, salvação e de verdadeira paz. A qual não é e jamais será a que o mundo nos dá!
“Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.” [1 Coríntios 3:11].
“Se alguém ensina alguma outra doutrina, e se não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade, é soberbo, e nada sabe… aparta-te dos tais.” [1 Timóteo 6:3, 5]
DO PEDIDO:
Por tudo exposto no presente documento requer que seja(m):
Que o bispo Manoel Ferreira seja afastando preventivamente da presidência da CONAMAD, até que os fatos constantes no presente documento sejam investigados e devidamente comprovados.
O presente documento seja analisado no prazo improrrogável de 72 horas, como posto no início do documento. Presumindo-se que a não apresentação de resposta formal no referido prazo dar-se-á por entendido que a CONAMAD APOIA a aliança do Bispo Manuel Ferreira com o auto intituladoMESSIAS REV. MOON. Bastando o presente documento como prova para as demais medidas legais a serem tomadas.
Notificado TODOS os pastores e líderes da CONAMAD presentes no evento ecumênico do GLOBAL DA PAZ no dia 11 de outubro de 2011, inclusive o deputado Distrital e pastor Benedito Domingos, para apresentarem justificativa do porque não interromperam a pregação satânica do enviado do reverendo Moon ao falar que “todos os caminhos levam a Deus (YAWEH)”
Enviado notificação à CGADB e CEADDIF bem como ao deputado Federal e Pastor Ronaldo Fonseca solicitando esclarecimentos sobre sua participação no evento GLOBAL DA PAZ como também se o mesmo se deu com o apoio das respectivas convenções.
Nestes termos pede deferimento
Brasília-DF, 30 de janeiro de 2011

Desvio de dízimos na Igreja Cristã Maranata aponta fraude milionária



Um esquema de corrupção montado pela liderança nacional da Igreja Cristã Maranata desviou, no mínimo, R$ 21 milhões nos últimos anos. A rede de envolvidos inclui pastores, diáconos e fornecedores.
Uma investigação está sendo feita pelo Ministério Público do Espírito Santo após denúncia da própria instituição. O caso corre na justiça e até agora os únicos nomes revelados foram o do vice-presidente, Antônio Ângelo Pereira dos Santos, e o contador da Maranata, Leonardo Meirelles de Alvarenga.
Outros três pastores e um diácono foram afastados de suas funções administrativas e religiosas pela diretoria da Igreja, que diz já ter adotado providências contra as irregularidades.
O caso ainda está sendo investigado mas, em nota, o MP adiantou que os documentos apresentados exigem uma melhor apuração, mas já foram detectados várias irregularidades e crimes.
Aproveitando da isenção de tributos que as igrejas possuem e do dinheiro doado mensalmente pelos fiéis, alguns líderes fizeram uso ilegal. Entre os crimes praticados estão: desvio de recursos para o exterior, criação de empresa irregular, contrabando, fraudes ao Fisco e ao sistema financeiro.
O caso envolve diretamente membros do presbitério da igreja, em Vila Velha, Espírito Santo. Ali são administrados cerca de 5 mil templos espalhados pelo Brasil. A Maranata funciona num sistema de caixa único, por isso o fluxo de dinheiro é muito grande e um controle mais rígido é difícil. Embora a igreja não informa quanto arrecada, mas diz ser uma das que mais crescem no país.
Já ficou evidenciado que o golpe era feito através da emissão de notas fiscais frias, num esquema que beneficiava fornecedores do Presbitério da Maranata. Existem também indícios que empresas foram criadas em nome de “laranjas” para viabilizar o golpe. Contudo, nas apurações, os envolvidos afirmaram apenas que o dinheiro era usado para “ajudar irmãos no exterior”.
Até o momento já foi revelado que parte dos recursos desviados foi usada na compra de carros e imóveis e no pagamento de contas pessoais do grupo de pastores envolvidos.
“Por várias vezes fui orientado a depositar valores na conta do Antônio Ângelo para pagamento de cartão de crédito, prestação de veículos, condomínios, compras de equipamentos”, afirmou um funcionário da igreja durante a investigação.
Parte dos recursos também era investida na compra de dólares, afirma um empresário ouvido pelo Ministério Público. “O valor era depositado nas contas das minhas empresas. No mesmo dia, eu comprava os dólares e os entregava no presbitério”. A partir de então, os dólares eram levados para o exterior nas malas de fiéis.
Para tentar acobertar os crimes, funcionários eram instruídos a destruir cópias de recibos. Alguns computadores foram, inclusive, formatados para que as provas do esquema de desvios fossem totalmente apagadas. “Os HDs foram corrompidos. Programas de envio de relatórios fiscais por internet (Receitas Federal e Estadual) foram apagados”, afirma um dos documentos apreendidos.
A contabilidade da igreja estava atrasada há pelo menos quatro anos. Isso gerou uma investigação interna da igreja, que gerou uma auditoria externa. Após confirmadas as irregularidades, uma denúncia formal foi apresentada. Ninguém foi preso ainda.
A Rádio CBN de Vitória e o jornal Gazeta divulgaram o esquema neste final de semana.
O advogado da Maranata, Sérgio Carlos de Souza, enfatiza que a Igreja não aceita as justificativas dos envolvidos de que fizeram tudo movidos por uma “visão de Deus”. “Deus não mostra caminhos para fazer algo errado. Para acobertar um procedimento ilícito, a pessoa conta qualquer tipo de história”, esclarece o advogado.
Ele assinala ainda que apesar da gravidade dos fatos, a Igreja está tranquila e todas as providências foram tomadas para preservar a instituição e ressarcir os prejuízos ocasionados pelo desvio. Mesmo assim, as denúncias acabaram causando revolta em um grande grupo de fiéis, que decidiu abandonar a igreja.
“As pessoas passaram a assistir a um culto frio que outrora não era, em que se procura defender mais ideais institucionais”, explica Leonardo Lamego Schuler, advogado do grupo dissidente, que deve se unir em outra denominação em breve.